Ponte para flexibilizar escoamento de carga
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Publicado em nov 02, 2023.
O escoamento de carga de uma margem à outra do Rio Save, ligando as províncias de Inhambane e Sofala, é desde 1 de Novembro de 2023 feito em condições mais seguras, mais práticas e mais flexíveis graças a inauguração, pelo Presidente da República, da nova ponte e reabertura oficial da antiga, que beneficiou de obras de reabilitação. A cerimónia orientada pelo Chefe de Estado, Filipe Jacinto Nyusi, marcou o fim das limitações de carga que se viviam nesta importante secção da Estrada Nacional número um (N1) devido a obsolescência da ponte suspensa, que vinha garantido a travessia desde 1972.
Para melhorar a circulação na zona, a ponte antiga servirá normalmente para o tráfego ligeiro enquanto que a nova vai escoar todos veículos. O funcionamento simultâneo de duas pontes na N1 no Save garante também o fluxo ininterrupto de veículos mesmo em momentos de actividades de inspecção e manutenção, pois com as obras de reabilitação a antiga infra-estrutura recuperou a sua vitalidade, podendo suportar todo o volume de cargas admissível nas pontes nacionais quando necessário.
No seu discurso de ocasião, o PR disse que a nova ponte acaba com o sofrimento dos transportadores de carga, que tinham de baldear a mercadoria nas duas extremidades, uma vez que a infra-estrutura antiga tinha a sua capacidade limitada porque estava degradada. Só podiam transitar camiões até 30 toneladas.
Com cerca de um quilómetro de extensão, 13.5 metros de largura e feita em betão armado pré-reforçado, a nova infra-estrutura que liga as duas margens do Rio Save é designada Ponte 6 de Agosto.
É a maior ponte edificada nos 48 anos da Independência Nacional com recursos internos num projecto que juntamente com o da reabilitação está avaliado em pouco mais de 5.5 mil milhões de meticais e foi executado num período contratual de três anos.
O Presidente da República explicou o contexto do surgimento do nome Ponte 6 de Agosto. “Por aqui e por muitos anos passaram viaturas transportando pessoas e bens, homens e mulheres que não tinham a certeza de chegar ao norte do país ou para o sul e regressarem. […] Mas a vontade dos moçambicanos foi acima de todos os caprichos. Libertaram-se do egoísmo, uma libertação não condicionada e sem cinismo, sentaram-se e falaram de corações abertos em 6 de Agosto de 2019 na Cidade de Maputo e disseram: basta o sangue, sim ao desenvolvimento”, disse o estadista, referindo-se ao Acordo de Maputo para a Paz e Reconciliação Nacional, assinado entre o Presidente Nyusi e o líder da Renamo, Ossufo Momade.
Com efeito, o Chefe de Estado afirma ser desejo e esperança dos moçambicanos que “de forma duradoura a Ponte 6 de Agosto suporte o peso da paz”, porquanto condição imprescindível para o desenvolvimento de uma nação. A cerimónia de inauguração juntou as autoridades governamentais das duas províncias unidas pela “6 de Agosto” e foi assistida por centenas de cidadãos, maioritariamente residentes nos distritos de Govuro, Inhambane, e Machanga, Sofala, onde os encontros assentam, bem como pelos responsáveis e técnicos da Administração Nacional de Estradas (ANE, IP) e Fundo de Estradas, FP (FE, FP).